Doença autoimunes e modo de vida
As doenças autoimunes são um grupo numeroso e heterogêneo de doenças. Respondem por grande parte das Doenças Crônicas.
Apresentam um diagnóstico frequentemente difícil, com muita variabilidade nas manifestações, o que faz com que muitos pacientes sejam rotulados de “neuróticos” ou cheios de queixas, com vários diagnósticos que parecem não ter coerência. Os exames complementares nem sempre auxiliam, pois alguns evidenciam alterações, mas nem sempre ocorre. Há um conjunto de sintomas comuns e muito incômodos, como ansiedade, depressão, dificuldades de sono, cansaço, dores em diversos locais, alterações em várias funções como digestórias, hormonais, sexuais, pele, urinários, etc.
São um desafio para a Medicina e para os pacientes. Entretanto, recentemente, tivemos muita evolução no seu entendimento, e estamos constantemente atualizando nosso conhecimento sobre as causas, os mecanismos subjacentes e tratamentos. Enfim, há esperança!
A função de nossa Mente é fundamental na nossa saúde. Vivemos em nossa Mente, sentindo o corpo, os pensamentos, emoções, desejos e medos. Queremos viver, ter conforto, saúde, odiamos a dor, o mal-estar, a angústia e o rótulo de doentes.
Em primeiro lugar, temos de considerar as coisas como são. Sentiremos dor, teremos sensações de ansiedade, medo, cansaço, desconforto. Podemos nos sentir doentes ou não, e ter um diagnóstico de Doença Autoimune.
Se prestarmos atenção perceberemos que em quase todas as famílias existem pessoas com problemas semelhantes. Temos de entender que isto faz parte de nossa existência. É preciso aceitar as coisas como são, porém podemos fazer muito para melhorarmos nossa saúde.
Uma das coisas principais que podemos fazer por nós mesmos é cuidarmos de nós com muito carinho. Evitarmos cobranças excessivas, culpas, e mesmo a autoindulgência. Autoindulgência é não se acomodar, buscar mais, ter tenacidade, persistir.
Se fosse fácil todos se cuidariam, então não fique se desculpando também, ponha mãos à obra e faça algo para sua saúde.
Temos de aprender a encontrar a paz, acalmar nossa mente.
Para isto a meditação é fundamental. Aprenda a meditar, peça ajuda ou auxílio. Confie na sabedoria que habita em nós, e perceba que tudo é transitório, tudo passa, até mesmo o sofrimento.
Assuma o controle de suas decisões, seja responsável por seu tratamento, não deposite a responsabilidade apenas no Médico, no plano de saúde ou nos governos. Você, com suas atitudes, pode fazer com que seu organismo reaja diferente e atue na promoção de sua saúde.
Se auto-observe, anote como se sente, procure ficar consciente de seus pensamentos, emoções e desejos. Perceba como se sente após cada atividade. Isto ajudará muito no autoconhecimento e em sua evolução.
Procure ajudar outras pessoas, mas não assuma os problemas dos outros. Lembre que podemos ajudar os outros, porém cada um tem suas escolhas e é responsável por isto.
Todas as escolhas que fazemos (e os outros também o fazem) geram uma consequência.
Não devemos assumir problemas que cabem a outros resolverem. Podemos ajudar, entretanto, dentro dos limites de nossa possibilidade.
Preocupações sobre questões que estão fora do nosso limite de solução levam apenas a desgaste mental.
Evite despender muito tempo em dispositivos eletrônicos, celulares, tablets e computadores. Eles são muito bons para nos comunicarmos e informarmos, mas rouba tempo de nossas conexões com a vida e com as pessoas que estão conosco.
Reduza o tempo em atividades passivas, como ver noticiários (se o perturbam, com notícias de tragédias ou problemas sociais ou econômicos, não os veja).
Brinque, se divirta, relaxe. Trabalhe menos.
Sono: durma cedo, ou se for tarde, ajuste seu sono para que durma bem mais de 7 horas por dia (8 a 9 horas costuma ser o ideal para a maior parte das pessoas).
Faça do seu quarto um lugar para descanso, sem tevês, computadores, objetos de trabalho. Mantenha-o escuro e com o maior silêncio possível.
Atividades físicas: tenha muita atividade. Caminhe, pedale, nade. Pratique-as ao ar livre, pois são mais revigorantes, pegue sol, curta a natureza. Faça atividades em sua casa, suba escadas se não tiver limitações.
Pratique atividades funcionais (Yoga, Pilates, alongamentos, e outras). Respeite seu nível de energia e motivação, faça, mas sem se tornar um esforço excessivo. Perceba o bem-estar que o movimento nos traz.
Em relação à Dieta seja bem rigoroso, pois junto com sua atividade mental é o que mais faz diferença!
Observe sua evolução e mantenha seu médico informado, consulte regularmente e seja feliz!
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3 Comentários
Nao entendi este parágrafo “Em relação à Dieta seja bem rigoroso, pois junto com sua atividade mental é o que mais faz diferença!”
Obrigado por comentar. A dieta e a ATITUDE mental são muito importantes nas doenças autoimune.
Não é atividade mental.
Olá Maria do Socorro. A dieta autoimune exige muito cuidado, deve ser feito com o máximo rigor, tentando mantê-la da maneira mais correta possível. Pequenos deslizes atrasam ou impedem uma resposta adequada do organismo. Assim, você acaba se esforçando e percebendo poucos resultaoos.
Se você faz a autoimune os resultados aparecem em 2 a 3 semanas.