Antinutrientes 1.

Antinutrientes 1.

O médico do futuro não dará remédios.

Ao contrário, orientará seus pacientes a se cuidarem e 

se alimentarem adequadamente,

afastar as causas das doenças e preveni-las

Thomas Edison

 

Tente acertar: eles fingem nos ajudar, parecem bonzinhos, boa reputação e quando entram em ação só nos prejudicam?

Errou! Não estou falando dos políticos.

Vou lhes apresentar os antinutrientes. Eles foram programados para matar ou machucar, feitos para defender. Esqueça bonzinho e malzinho. Na natureza as coisas não são assim. Todos os seres vivos querem sobreviver e precisam desesperadamente deixar descendentes (ou a espécie acaba).

Portanto, os antinutrientes são substâncias naturais que podem fazer mal. Como terremotos, vulcões, aranhas e cobras. Quem disse que a natureza é apenas boazinha?

Antinutrientes, portanto, são compostos que interferem com a absorção de nutrientes e/ou prejudicam a digestão, e evidentemente, nossa saúde.

A gente acha que está se alimentando, e na verdade nossa digestão e absorção de nutrientes está sendo prejudicada.

Fingem ajudar e nos prejudicam. Mas não fazem isto por maldade. É de propósito mesmo, é para sua sobrevivência (no caso a deles).

Na natureza, os antinutrientes se apresentam mais frequentemente nas plantas. Os vegetarianos vão querem me matar, mas é verdade.

Como qualquer ser vivo, as plantas querem sobreviver e deixar descendentes. Para isto desenvolveram defesas, para evitar ser comidos, ou para resistir aos ataques de insetos e animais. Podem ter outras funções para a planta, como dar cor e aroma, ou ajudar no crescimento.

A parte mais rica em antinutrientes em plantas encontra-se em grãos e sementes. Porque a planta precisa defender suas sementes da destruição (substitua por digestão).

É normal animais, insetos e fungos, alimentarem-se de frutos ou vagens que contêm grãos e sementes. É normal também a planta usar meios para salvar suas sementes (células germinativas) e ainda garantir sua nutrição. Elas resistem à mastigação e digestão e tentam manter sua capacidade germinativa para alcançar a terra. Entenda, são sementes e querem germinar.

Dentre os animais as aves tem sistemas digestivos adaptados ao consumo de grãos e sementes. Ruminantes como vacas, ovelhas e cavalos também tem adaptação ao seu consumo. Ñós, humanos, não temos sistema digestivo apto para digeri-los da  maneira mais adequada. Facilitamos a digestão cozinhando grãos, sementes, leguminosas e cereais. No entanto, parte dos antinutrientes resiste, provocando digestões lentas e difíceis, gases e prejudicando a absorção de seus constituintes e mesmo daqueles presentes nos demais alimentos deste bolo alimentar.

Para minimizar este problema (pães, massas e bolachas, por exemplo) a indústria resolveu fortificá-los com ácido fólico. Bonzinhos? Que nada. É que se sabe que os cereais expoliam, prejudicam a absorção do ácido fólico e a indústria tenta compensar o prejuízo adicionando um composto químico, e ainda propagandeia este feito. Mas não resolve. O ácido fólico adicionado é de baixa biodisponibilidade. O melhor mesmo está nos vegetais verdes. Outra má notícia: se o cereal é integral pior, mais antinutrientes e maior prejuízo!

Todas as leguminosas, grãos, feijões e sementes devem ser hidratadas e germinadas antes de cozidas. Este é o segredo ancestral da alimentação que vai promover o bem estar digestivo, possibilitando a absorção dos nutrientes do próprio alimento. Leia mais aqui.

 

 

 

 

Tags: ácido fólico, antinutriente, cereais, grãos, leguminosas, nutriente, sementes, sensibilidade individual, suscetibilidade, suscetibilidade individual